A Origem do Papai Noel
Muitas
vezes já se anunciou a morte do bom velhinho; entretanto, sua figura
continua mais viva do que nunca, aos 1.705 anos de idade. Ao longo dos
seus dezessete séculos de existência, mudou de nome várias
vezes, trocou de roupa, de rosto, de idioma e de hábitos, mas permaneceu
a mesma pessoa caridosa, sempre disposta a prestar auxílio a quem
necessita.
Mas como surgiu a figura de Papai Noel nas festas natalinas? Existe muita
controvérsia sobre sua origem, porém a mais fidedigna das
versões é que Papai Noel é a figura estilizada de
São Nicolau, Santa Claus (corruptela de Sanctus Nicolaus) entre
os ingleses e norte-americanos e, no resto da Europa, transformou-se em
Papai Noel (Père Noel, em francês; Sinter Klaas, em holandês).
São Nicolau nasceu numa cidade da Asia Me-nor, no ano 271 da era
cristã. Filho de pais ricos, desfez-se da herança, distribuindo
dinheiro aos pobres e presenteando crianças que não tinham
com o que se alegrar. Chegou a bispo e, depois da sua morte, foi considerado
santo. Os marinheiros, dos quais era tão amigo como das crianças,
escolheram-no como patrono celestial e espalharam sua lenda pelo mundo
inteiro.
Segundo a lenda, conta-se que o pai de Nicolau era muito rico, deixando
para o filho enorme fortuna. O futuro santo, sempre generoso soube que
um vizinho estava em dificuldades para dar um casamento digno à
sua filha. Nicolau, durante à noite, às escondidas, encheu
uma pequena bolsa de moedas de ouro, jogando-a na janela do vizinho. E,
Com isso, aconteceu a festa. Mais tarde. repetiu o gesto com a segunda
filha. Na terceira vez, o pai. na espreita, descobriu Nicolau, espalhando
a noticia Esta a razão porque em algumas imagens de São
Nicolau veêm-se as três bolsas de ouro.
Sempre distribuindo seus bens aos pobres, principalmente às crianças,
foi o grande amor de sua vida. Justamente por isso tornou-se um costume,
durante muito tempo, os pais presentearem seus filhos no dia 6 de dezembro,
data da sua festa litúrgica. Diziam às crianças que
era São Nicolau quem trazia os presen-tes do céu.
São Nicolau passou a ser representado com longas barbas brancas,
montando um burrinho e carregando um grande saco, cheio de presentes.
Ele entrava pelas chaminés das lareiras das casas. Na Suécia
e Noruega, falava-se que o próprio santo era quem distribuía
os presentes, colocando-os nas lareiras das casas, nos sapatos e nas meias
das crianças.
Esta tradição de presentear as crianças no dia da
festa, 6 de dezembro, lentamente foi sendo transferida para o dia 25 de
Dezembro.
São Nicolau veio a falecer em 342, cercado de respeito por todos
os cristãos.
Pelo fim da Idade Média, São Nicolau transfor-mou-se em
Santa Claus, para os povos da Europa setentrional. Descoberto o Novo Mundo,
viajou com os holandeses para a América do Norte e foi ate a Groenlândia,
onde adotou o trenó puxado a renas como seu veículo preferido.
Isso não impede que para se adaptar ao ritmo do século XX,
ande cada vez mais de helicóptero e de avião a jato.
Há quatro ou cinco séculos, mudou seu nome pela segunda
vez, passou a chamar-se Papai Noel e associou-se definitivamente ao Natal.
A imagem que conhecemos, o simpático velhinho de barbas brancas,
roupas vermelhas e sorriso nos lábios. Nasceu de um quadro do pintor
norte-americano Thomas Nast, em pleno século XIX.
Apesar de a figura atual de Papai Noel representar mais um veículo
de vendas comerciais do que um dos símbolos ligados diretamente
ao nascimento de Jesus. é preciso reconhecer que ele ainda encerra
certos valores que despertam, reavivam e fortalecem os sentimentos humanos
e cristãos. A figura bondosa e simpática do velhinho de
barbas é uma fantasia sadia, pitoresca e de pureza em meio a um
mundo cada vez mais materializado e disposto a destruir a essên-cia
do homem, que é o seu próprio coração!
Presentes: um costume antigo
A
primeira loja especializada em presentes de Natal e Ano Novo foi fundada
em Paris, no ano de 1785. Mas a troca de presentes já era um costume
popular desde a Roma antiga. Durante as festas da Saturnália, os
romanos ofereciam estatuetas de deuses, em argila, pedra-mármore,
ouro ou prata, de acordo com suas posses.
Durante as calendas ou festividades do Ano Novo romano, também
era costume colocar ramos de pinheiro na porta das casas de pessoas amigas.
A medida que o Império progredia, a troca de presen-tes foi se
tornando cada vez mais difundida e simbólica.
Os presentes de Natal, entretanto, foram idéia do papa Bonifácio,
no século VII. No dia 25 de dezembro, terminada a missa, os sacerdotes
benziam pães e os distribuíam ao povo. Este, no dia 6 de
janeiro, dia dos Reis Magos, retribuía com presentes.
Mas incenso, mirra e ouro, simbolizando a fé, o sofrimento e a
realeza, foram os primeiros presentes de Natal, ofertados pelos Reis Magos:
Baltasar, Belchior e Gaspar ao menino Jesus.
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