Cartões:
Uma Tradição Britânica
O
cartão de Natal surgiu em 1843, época em que os Contos de Natal
de Charles Dickens acabavam de ser lançados. Foi quando Sir Henry Cole,
diretor do British Museum of London. percebeu, quase no final do ano, que
não teria mais tempo de escrever, à mão, as felicitações
de Natal.
Quem fez os cartões, a seu pedido. foi o artista plástico mais
em voga na época, John Callicot Horsley, membro da Royal Academy. Horsley
pegou um cartão pequeno, quadrado, e dividiu o em três partes.
No centro, desenhou uma família reunida em volta da mesa, bebendo alegremente,
e ao lado crianças esfomeadas recebendo comida e roupas. Na parte de
baixo, escreveu: A Merry Christmas, a happy New Year to you. Depois,
os cartões foram impressos em litografia, cem ao todo, e coloridos
a mão. Cole despachou cinquenta pelo correio e vendeu o resto, cada
um por 1 xelim.
Na Inglaterra, todos se entusiasmaram com a idéia, as crianças
recortavam figurinhas e as colavam nos cartões, com dizeres alusivos.
As senhoras faziam seus cartões com desenhos. Enfim, a partir do Natal
de 1843, mandar e receber cartões significava estar na moda. Em 1851,
uma tipografia londrina lançou cartões de Natal maiores, mais
bonitos. Foi um sucesso: a própria rainha Vitória encarregou
a firma Tuck de imprimir os cartões de Natal para toda a família
real. Os temas preferidos da era vitoriana eram os anjos gorduchos, as mulheres
sofredoras e as crianças visivelmente desprotegidas. Depois, vieram
os pássaros e durante trinta anos apareceram em todos os cartões.
Só em 1880 o cartão foi lançado na América, e
as imagens mais comuns eram cenas de família e crianças brincando
na neve.
|
| |
IMPRIMIR |
|